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Arquitetos: mog taller de arquitectura
- Área: 195 m²
- Ano: 2014
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Fabricantes: Alcantar, CONCRETOS PREMIER, EXPRESIONES EN CARPINTERIA, FORZAC, Ladrillos Garcia’s, POLIACERO
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto está conformado por duas etapas, a primeira de 195 m² e a segunda de 25 m², que juntas completam um total de 220 m² sobre o terreno de 390 m². Ele está localizado dentro de um loteamento, ao sul da área metropolitana da cidade de Guadalajara.
O terreno definido para este projeto conta com certas restrições que influenciam tanto sua fachada frontal como laterais, as quais junto com a orientação solar marcam uma pauta importante para o desenvolvimento do projeto. A proposta busca modificar a área linear do jardim sem uso que costuma aparecer nos cantos deste tipo de moradia, fazendo com que tais espaços tornem-se generosas áreas verdes.
A ideia surge a partir da rotação dos eixos. Os muros são inclinados para proteger a residência do sol poente, rompendo assim com a ortogonalidade produzida pela rigidez de uma retícula urbana. Ao girar os eixos, são criados vários pátios e vistas fazendo com que o exterior seja percebido desde qualquer espaço interior.
A fachada frontal é completamente cega graças a sua orientação. Sua volumetria esconde o acesso principal e cria uma pequena praça de entrada que convida o usuário adentrar à moradia, recebendo-o de braços abertos. Com este gesto o usuário é influenciado a percorrer um caminho para descobri-la. A entrada principal está na intersecção entre a área de dia, área de serviços e circulação vertical, isto cria praticidade para seu uso no dia a dia, facilitando a entrada do usuário sempre pela porta principal. Na fachada posterior, a rotação dos eixos cria uma abertura que gera a integração do jardim e do projeto.
O acabamentos são um reflexo do sistema construtivo da residência. A simplicidade e a nobreza dos materiais produz aconchego e uma sensação de construção tradicional. O gesto de deixar os materiais aparentes ajuda a pensar em uma estruturação lógica, que diminui o custo de execução da obra, e sobretudo, exprime os testemunhos da mão de obra local, fazendo uma homenagem aos usos construtivos da região.
O acabamento feito em cal sobre o tijolo produz um jogo de claro-escuro devido a rugosidade e a heterogeneidade das paredes, que é reforçada com desgaste do tempo, devido a chuva, pó e a vegetação.